tao – fragmentos do caminho chinês do Mestre Laozi, Manuel Ollé e Neus Caamaño. Pequena Fragmenta.
Este foi o primeiro livro que comprei durante o confinamento em março desde ano. E não podia ter escolhido melhor. Tal como para muita gente, este confinamento teve para mim o significado de ficar sem trabalho. Eu estava quase a terminar a minha licença de maternidade e já tinha algumas atividades agendadas. Estava super entusiasmada com o regresso, sentia saudades do meu trabalho. Não nego que foi esta temporada em casa que me permitiu acompanhar muito mais o meu filho nos seus primeiros meses de vida; essa foi sem dúvida a parte positiva de tudo isto.

No entanto sentia-me um pouco sem rumo. Queria encontrar soluções. Tornar-me trabalhadora independente só veio confirmar que de facto adoro estar envolvida em vários projetos em simultâneo e alguns deles conseguem ser bem diferentes uns dos outros. Mas trabalhar depende única e exclusivamente de mim.

E apesar de muitas vezes parecer estranho a quem está de fora, tudo o que faço tem um fio condutor, um denominador comum.

Neste livro couberam e cabem momentos de introspeção profunda. Coube a constatação de que eu gosto de ser como a água; no entanto a pandemia veio-me mostrar que a minha capacidade de adaptação e resiliência precisavam de ser testadas. Às vezes há que fazer escolhas, definir prioridades.

Mergulhei nas ilustrações deste livro. A paleta cromática escolhida pela ilustradora prendeu-me.

Uma coisa é certa: nunca baixei os braços. Sinto que estou constantemente a desafiar-me, a pôr-me à prova.

Esta pandemia está longe de terminar. Tal como eu, muita gente ficou lesada profissionalmente. Preocupa-me a Cultura estar a ser um autêntico saco de pancada: dentro desse saco estão as almas criativas deste país. Trabalhar na Cultura e nas Artes é isso mesmo: um trabalho.

Neste livro cabe uma introdução à filosofia taoísta. No final encontram algumas informações e indicações de como o trabalhar com as crianças.
Usei-as comigo.