O Livro dos Erros de Corinna Luyken, Fábula
Errar. Sempre ouvi dizer que errar é humano. Isso faz-me pensar na condição humana: uma condição em que, por muito que tentemos evitar, iremos, algures no tempo, cometer erros. Errar faz parte do nosso crescimento e é através do erro que alcançamos a construção do conhecimento. Mas afinal, o que é errar?

Corinna Luyken demonstra, com este livro, como podemos fazer do erro uma oportunidade, e que com os erros surgem boas ideias.

Quantas das nossas melhores ideias não surgiram de algo que pensávamos estar mal feito? É à custa dos erros que vamos conhecendo o mundo: o nosso, interior. E também o exterior.
Não sei bem porquê, este livro fez-me lembrar o dia em que consegui escrever o meu nome completo pela primeira vez, sem erros. Não se iludam, foi uma árdua tarefa: tenho dois nomes próprios e quatro apelidos. Aos seis anos precisava de uma cábula para conseguir escrever o meu nome todo.

Há uns anos atrás larguei o medo de errar e passei à ação: pintei várias telas e fiz ilustrações. Concorri e fui aceite numa exposição de grande formato e fiz três exposições. O resultado de não ter medo errar é este: novas experiências e crescimento pessoal.

Este livro fez-me enriquecer a minha lista de conceitos com o “sapo-gato-vaca”. Dei-me conta que também tenho feito alguns “sapo-gato-vaca”. Vou transformando-os naquilo que me dá mais jeito.

Será que existem vários tipos de erro? Erros mais errados que outros?

Será que o erro é mesmo o oposto de uma coisa certa?
O que é uma coisa certa?

Secalhar os erros também variam no tamanho: erro grandes, erros médios, erros pequenos.

Deste ponto de vista já não os vejos: os erros. Nem o “sapo-gato-vaca”. Neste livro cabe uma reflexão filosófica sobre o que é o erro. Cabe também a ideia de que ao distanciarmo-nos de um erro compreendemos que ele pode não ter assim tanta importância.

O mesmo acontece com os problemas. Enquanto nos focamos num problema ele parece-nos enorme… mas conforme nos distanciamos ou colocamos em perspetiva começamos a ver que o problema até é pequenino.
Ou então deixamos mesmo de o ver.